Modelo Digital de Superfície

Modelo Digital de Superfície, ou MDS, trata-se da representação do relevo do terreno, obtida por Fotogrametria.

Resumidamente, o processo é iniciado com um voo de avião com uma câmara a bordo que adquire várias imagens com sobreposição entre elas, da área de interesse. Posteriormente as imagens são alinhadas entre elas num espaço tridimensional, através de pontos em localizações comuns entre as fotografias.


Sobreposição de imagens


Através da sobreposição das fotografias é possível obter estereoscopia e ter a perceção de profundidade, ou seja em visualização 3D, obtendo-se assim a informação sobre a dimensão dos objetos e permitindo a criação da chamada Nuvem de Pontos.

Esta nuvem é constituída por pontos com coordenadas tridimensionais (X,Y,Z), geralmente muito densa, sendo que cada ponto representa a superfície.


MDS com gradação de cores e o original


Por ser georreferenciada é possível obter-se medições e dados importantes relativos às altitudes, desde as cotas dos prédios às alturas das árvores.

Se unirmos todos os pontos desta nuvem, obtemos uma rede de polígonos que se trata de um MDS que inclui todos os aspetos da superfície do terreno.

No caso de apenas se pretender imagens do terreno e através de processos de filtragem, podemos obter o Modelo Digital de Terreno, ou MDT, que só tem informação do solo, sem construções e vegetação.


Transição entre MDT e MDS


Com esta informação é possível saber a cota do terreno representado em qualquer ponto, permitindo calcular métricas importantes para o planeamento urbano, tais como declives acentuados ou zonas de escorrência e acumulação de água.


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Ana Rodrigues
Operadora Fotogrametria

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