Infraestruturas Geoespaciais

A informação geoespacial sempre teve um grande impacto ao longo da história. No entanto, tinha as suas limitações devido ao seu caráter analógico. Uma carta topográfica de uma determinada área tinha as suas restrições no que toca à partilha, arquivo e até mesmo na coerência da sua informação relativamente a outros materiais semelhantes. 

A digitalização destes dados veio a aumentar muito o seu potencial e a resolver estas limitações físicas. Dado ao seu caráter digital, os dados geospaciais atualmente ajudam a gerir vastas áreas do território, a prevenir desastres e catástrofes naturais e até mesmo a prever e organizar o comportamento humano. Contudo, o aumento exponencial da quantidade de informação geoespacial que a era da digitalização tem vindo a permitir, a tarefa de gerir, armazenar e partilhar esta informação tornou-se bastante complexa.

É aqui que entram as Infraestruturas Geoespaciais, que constituem a base organizacional dos dados. Podemos considerar uma Infraestrutura Geospecial um “sistema de sistemas” que interliga pessoas, processos, dados e tecnologia de uma forma eficiente e flexível.

Estas infraestruturas são o conjunto da tecnologia, regulamentos, padrões e recursos humanos necessários para adquirir, processar, distribuir, utilizar e preservar os dados espaciais. Para que estes processos sejam possíveis é necessária a implementação de um dos principais fundamentos das infraestruturas geoespaciais: A “interoperacionalidade”, ou seja, a capacidade de diferentes sistemas operarem, funcionarem, conectarem ou actuarem com outros para acederem, trocar e utilizar dados de forma cooperativa. A interoperabilidade das Infraestruturas Geospaciais está a impulsionar o trabalho dos profissionais desta porque permite utilizar os dados de outros profissionais com mais facilidade e rapidez.

Em suma, as Infraestruturas Geoespaciais são uma visão atual que pretende enquadrar os componentes cada vez mais integrados da indústria geoespacial de forma a gerar uma perspectiva mais holística. Tal como não é possível recolher dados geoespaciais sem hardware nem visualizá-los e analisá-los sem software, não se pode desenvolver soluções que proporcionem uma maior consciência geográfica sem uma infraestrutura geoespacial bem pensada e organizada.

Na InfoPortugal acreditamos que a combinação entre o hardware de recolha, o software de análise e a organização infraestrutural é a chave para o sucesso de qualquer profissional da área dos sistemas de informação geoespacial.

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